Biblioteca Digital de Teses e Dissertações PÓS-GRADUAÇÃO SCTRICTO SENSU Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1500
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.creatorMORAIS, Gislene Diniz-
dc.creator.ID01032644699pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/9206863087953028pt_BR
dc.contributor.advisor1SOUZA, Luciane Aparecida Pascucci Sande de-
dc.contributor.advisor1ID25966071829pt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7897091763745373pt_BR
dc.date.accessioned2023-11-24T20:49:28Z-
dc.date.available2022-11-25-
dc.date.available2023-11-24T20:49:28Z-
dc.date.issued2022-11-25-
dc.identifier.urihttp://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1500-
dc.description.resumoIntrodução: Os pacientes afetados pelo novo coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) podem desenvolver um amplo espectro de manifestações neurológicas, com redução da atividade cerebral e piora da função cognitiva no primeiro ano da doença. Além disso, diversos tratamentos de reabilitação vêm sendo desenvolvidos com objetivo de reduzir o impacto funcional da COVID longa. Objetivos: esta dissertação de mestrado teve dois objetivos, apresentados em duas propostas de artigos: 1) avaliar a atividade e complexidade do eletroencefalografia (EEG) em tarefas motoras e cognitivas na COVID longa: análise de coorte prospectiva; 2) avaliar o impacto do treinamento físico-cognitivo com auxílio de smartphone sobre habilidades cognitivas na COVID longa: ensaio clínico randomizado. Métodos: Para o primeiro objetivo foi realizado estudo de coorte prospectivo de pacientes com SARS-Cov-2 com duração de 12 meses. Participaram 83 indivíduos, sendo 53 com infecção por SARS-Cov-2 e 30 assintomáticos. Foi avaliada a atividade elétrica cerebral por meio de EEG sobre os locais de representações das áreas frontais, centrais e temporais durante o repouso, tarefa motora e cognitiva. Foram extraídos parâmetros de Hjorth (1970) no domínio do tempo (atividade e complexidade), com base em características não lineares do EEG. As avaliações foram realizadas de 0-3 meses, 3-6 meses e 6-12 meses após quadro de infecção aguda. Para o segundo objetivo foi realizado Ensaio Clínico Randomizado (ECR) unicêntrico, uni-cego e de grupos paralelos com indivíduos com COVID longa (fase crônica) randomizados em dois grupos: 1) PTC (treinamento físico e cognitivo): n=25 e 2) PT (treinamento físico, controle): n=22. As habilidades cognitivas foram avaliadas por meio do aplicativo móvel CogScore4, que mensura: tempo e a qualidade de reação, e de decisão, atenção e controle da impulsividade. A intervenção foi realizada três vezes por semana, totalizando 15 sessões, de aproximadamente 30 minutos cada. As sessões de treinamento físico foram disponibilizadas no YouTube, e o treinamento cognitivo no aplicativo móvel Sensorial Moove1. Resultados: No primeiro estudo foi observado que a atividade e a complexidade diminuíram em todos os canais avaliados durante o TMT-A e TMT-B, porém, a atividade e a complexidade aumentaram em todos os canais durante o BBT. Na comparação entre os grupos houve aumento da atividade em repouso no grupo COVID-19 (0-3 meses) e aumento da atividade no TMT-A no grupo COVID-19 (0-3 meses) comparado ao controle, aumento da atividade no TMT-B no grupo COVID (3-6 meses) comparado ao controle, e redução da atividade em repouso e durante tarefa cognitiva de 6-12 meses (fase mais tardia). Na análise de complexidade do EEG, houve alteração em apenas um canal (canal 2). Houve redução da complexidade no repouso no grupo COVID-19 aos 6-12 meses comparada ao grupo controle, e aumento da complexidade durante o TMT-A no grupo COVID-19 aos 6-12 meses comparada ao grupo controle. No estudo 2 foram observados aumento na qualidade de decisão após intervenção em ambos os grupos: PCT (p<0,001), PT (p=0,003), diferença entre as avaliações finais dos grupos PCT e PT (p=0,007), indicando aumento da qualidade de decisão no grupo PCT em relação ao PT. Foi observado aumento na atenção e controle da impulsividade após intervenção em ambos os grupos: PCT (p=0,001), PT (p=0,004) e PCT(p=0,0004), PT (p=0,02), respectivamente. Conclusão: Foi observado padrão de atividade e complexidade aumentado nas tarefas cognitivas e reduzido durante a tarefa motora em ambos os grupos. Além disso, foi observado aumento da atividade em repouso e no TMTA nas fases iniciais; redução da atividade e complexidade em repouso e durante tarefa cognitiva na COVID longa comparada ao grupo controle. No estudo 2, observamos que o grupo PTC apresentou melhor desempenho na variável qualidade de decisão em relação ao controle.pt_BR
dc.description.abstractIntroduction: The neurological changes resulting from SARS-CoV-2 can have negative impacts on long-term functionality, either by changes in the central or peripheral nervous system. In this sense, this study aimed to evaluate the electrical brain activity (activity and complexity) of people after COVID-19. Materials and Methods: This is a 12-month prospective cohort study of patients with SARS-Cov-2. A total of 83 individuals participated, 53 with SARS-Cov-2 infection and 30 asymptomatic, matched by sex and age. Brain electrical activity was evaluated by electroencephalography (EEG) on the locations of representations of the frontal, central and temporal areas (Channel 0 – F3-Fz, Channel 1 – F4– F8, Channel 2 – F7-F3, Channel 3 – Fp1-Fp2, Channel 4 – T3-C3 and Channel 5 – C4-T4). EEG was collected during 4 tasks: 1) at rest; 2) during a motor coordination task - Box and Blocks Test (BBT); 3) during cognitive tasks - Trail Making Test part A (TMT-A); 4) during TMT part B (TMT-B). Hjorth parameters were extracted in the time domain (activity and complexity), based on non-linear EEG characteristics. Assessments were performed at 0-3 months, 3-6 months and 6-12 months after the acute infection. The EEG data (activity and complexity) of both groups and in the different tasks were compared by factorial ANOVA. Bonferroni's multiple comparison test was calculated for each comparison. Results: During TMT-A and TMT-B, activity and complexity decreased in all channels evaluated, however, activity and complexity increased in all channels during BBT. In the comparison between the groups, there was an increase in activity at rest in the COVID-19 group (0-3 months) and an increase in activity in the TMT-A in the COVID-19 group (0-3 months) compared to the control, an increase in the activity in the TMT -B in COVID group (3-6 months) compared to control, and reduced activity at rest and during cognitive task 6-12 months (later phase). In the EEG complexity analysis, there was a change in only one channel (channel 2). There was reduced complexity at rest in the COVID-19 group at 6-12 months compared to the control group, and increased complexity during TMT-A in the COVID-19 group at 6-12 months compared to the control group. Conclusion: An increased pattern of activity and complexity 18 was observed in the cognitive tasks and reduced during the motor task in both groups. In addition, increased activity at rest and TMT-A was observed in the early stages, and reduced activity and complexity at rest and during cognitive task in long COVID compared to the control group.pt_BR
dc.description.abstractIntroduction: This clinical trial aimed to evaluate the effects of physical training in combination with cognitive training (PCT) on the cognitive abilities of individuals in longterm COVID. Methods: This is a randomized, single-blind, parallel-group clinical trial with individuals with long-term COVID (chronic phase) randomized into two groups: 1) PTC: n=25 and 2) PT (physical training, control): n=22. Cognitive skills were assessed using the CogScore4 mobile application, which measures: time and quality of reaction and decision, attention, and control of impulsivity. The intervention was performed three times a week, totaling 15 sessions of approximately 30 minutes each. The physical training sessions were made available on YouTube, and the cognitive training on the Sensorial Moove1 mobile application. One-way ANOVAs with Tukey's post hoc tests were performed to compare the effect of interventions on cognitive functions. Results: In the analysis of group comparisons, an increase in decision quality after intervention was observed in both groups: PCT (p<0.001), PT (p=0.003), difference between the final assessments of the PCT and PT groups (p=0.007), indicating an increase in decision quality in the PCT group in relation to the PT. An increase in attention and impulsivity control was observed after intervention in both groups: PCT (p=0.001), PT (p=0.004) and PCT (p=0.0004), PT (p=0.02), respectively. Conclusion: Both interventions increased the cognitive abilities of individuals with long-term COVID-19. However, the PTC group showed better performance in the decision quality variable compared to the control.pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: As alterações neurológicas decorrentes do SARS-CoV-2 podem ter impactos negativos na funcionalidade à longo prazo, seja por alterações do sistema nervoso central ou periférico. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo avaliar a atividade elétrica cerebral (atividade e complexidade) de pessoas após quadro de COVID-19. Materiais e Métodos: Trata-se de estudo de coorte prospectivo de pacientes com SARS-Cov-2 com duração de 12 meses. Participaram 83 indivíduos, sendo 53 com infecção por SARS-Cov-2 e 30 assintomáticos, pareados por sexo e idade. Foi avaliada a atividade elétrica cerebral por meio de eletroencefalografia (EEG) sobre os locais de representações das áreas frontais, centrais e temporais (Canal 0 – F3-Fz, Canal 1 – F4 – F8, Canal 2 – F7-F3, Canal 3 – Fp1-Fp2, Canal 4– T3-C3 e Canal 5 – C4-T4). O EEG foi coletado dos indivíduos durante 4 tarefas: 1) em repouso; 2) realizando uma tarefa motora de coordenação denominada Box and Blocks Test (BBT); 3) realizando tarefa cognitiva Trail Making Test Parte A (TMT-A); 4) realizando tarefa cognitiva TMT parte B (TMT-B). Foram extraídos parâmetros de Hjorth (1970) no domínio do tempo (atividade e complexidade), com base em características não lineares do EEG. As avaliações foram realizadas de 0-3 meses, 3-6 meses e 6-12 meses após quadro de infecção aguda. Os dados de EEG (atividade e complexidade) de ambos os grupos e nas diferentes tarefas foram comparados por ANOVA fatorial. O teste de comparação múltipla de Bonferroni foi calculado para cada comparação. Resultados: Durante o TMT-A e TMT-B, a atividade e a complexidade diminuíram em todos os canais avaliados, porém, a atividade e a complexidade aumentaram em todos os canais durante o BBT. Na comparação entre os grupos houve aumento da atividade em repouso no grupo COVID-19 (0-3 meses) e aumento da atividade no TMT-A no grupo COVID-19 (0-3 meses) comparado ao controle, aumento da atividade no TMT-B no grupo COVID (3-6 meses) comparado ao controle, e redução da atividade em repouso e durante tarefa cognitiva de 6-12 meses (fase mais tardia). Na análise de complexidade do EEG, houve alteração em apenas um canal (canal 2). Houve redução da complexidade no repouso no grupo COVID-19 aos 6-12 meses comparada ao grupo controle, e aumento da complexidade durante o TMT-A no grupo COVID-19 aos 6-12 meses comparada ao grupo controle. Conclusão: Foi observado padrão de atividade e complexidade 17 aumentado nas tarefas cognitivas e reduzido durante a tarefa motora em ambos os grupos. Além disso, foi observado aumento da atividade em repouso e no TMT-A nas fases iniciais; redução da atividade e complexidade em repouso e durante tarefa cognitiva na COVID longa comparada ao grupo controle.pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: Este ensaio clínico teve como objetivo avaliar os efeitos do treinamento físico em combinação com o treinamento cognitivo (PCT) nas habilidades cognitivas de indivíduos na COVID longa. Método: Trata-se de ensaio clínico, randomizado, uni-cego e de grupos paralelos com indivíduos com COVID longa (fase crônica) randomizados em dois grupos: 1) PTC: n=25 e 2) PT (treinamento físico, controle): n=22. As habilidades cognitivas foram avaliadas por meio do aplicativo móvel CogScore4, que mensura: tempo e a qualidade de reação, e de decisão, atenção e controle da impulsividade. A intervenção foi realizada três vezes por semana, totalizando 15 sessões, de aproximadamente 30 minutos cada. As sessões de treinamento físico foram disponibilizadas no YouTube, e o treinamento cognitivo no aplicativo móvel Sensorial Moove1. ANOVAs oneway com testes post hoc de Tukey foram realizados para comparar o efeito das intervenções nas funções cognitivas. Resultados: Na análise de comparações de grupos foram observados aumento na qualidade de decisão após intervenção em ambos os grupos: PCT (p<0,001), PT (p=0,003), diferença entre as avaliações finais dos grupos PCT e PT (p=0,007), indicando aumento da qualidade de decisão no grupo PCT em relação ao PT. Foi observado aumento na atenção e controle da impulsividade após intervenção em ambos os grupos: PCT (p=0,001), PT (p=0,004) e PCT(p=0,0004), PT (p=0,02), respectivamente. Conclusão: Ambas as intervenções aumentaram as habilidades cognitivas de indivíduos com COVID-19 longa. No entanto, o grupo PTC apresentou melhor desempenho na variável qualidade de decisão em relação ao controle.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Triângulo Mineiropt_BR
dc.publisher.departmentPró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduaçãopt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFTMpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Fisioterapiapt_BR
dc.relation.referencesAFTANAS, L. I. et al. Therapeutic effects of repetitive transcranial magnetic stimulation (rTMS) on neuroinflammation and neuroplasticity in patients with Parkinson’s disease: a placebo-controlled study. Bulletin of Experimental Biology and Medicine, v. 165, n. 2, p. 195-199, 2018. Disponível em https://doi:10.1007/s10517-018-4128-4 ALWAN, N. A. The teachings of Long COVID. Communications Medicine, v. 1, n. 1, p. 1- 3, 2021. Disponível em https://doi:10.1038/s43856-021-00016-0 APPELT, P. A. et al. Changes in Electrical Brain Activity and Cognitive Functions Following Mild to Moderate COVID-19: A one-Year Prospective Study After Acute Infection. Clinical EEG and Neuroscience, p. 15500594221103834, 2022. CARFÌ, A. et al. Persistent symptoms in patients after acute COVID-19. Jama, v. 324, n. 6, p. 603-605, 2020. DANTZER, Robert. Neuroimmune interactions: from the brain to the immune system and vice versa. Physiological reviews, v. 98, n. 1, p. 477-504, 2018. Disponível em https://doi:10.1152/physrev.00039.2016 EL SAYED, S.; SHOKRY, D.; GOMAA, S. M. Post‐COVID‐19 fatigue and anhedonia: A cross‐sectional study and their correlation to post‐recovery period. Neuropsychopharmacology Reports, v. 41, n. 1, p. 50-55, 2021. Disponível em https://doi.org/10.1002/npr2.12154 S ELLUL, Mark A. et al. Neurological associations of COVID-19. The Lancet Neurology, v. 19, n. 9, p. 767-783, 2020. FERRARO, F. et al. COVID-19 related fatigue: Which role for rehabilitation in post-COVID19 patients? A case series. Journal of medical virology, 2020. HJORTH, B. EEG analysis based on time domain properties. Electroencephalography and clinical neurophysiology, v. 29, n. 3, p. 306-310, 1970. HJORTH, B. Physical aspects of EEG data as a basis for topographic mapping. Topographic mapping of brain electrical activity, p. 175-194, 1986. HJORTH, B. Time domain descriptors quantify EEG changes related to hypothyroidism. Electroencephalogr Clin Neurophysiol, v. 38, n. 2, p. 208–216, 1975. JASPER, H. H. Localized analyses of human brain function by the electroencephalogram. J Nerv Ment Dis, v. 84, p. 679-683, 1936. JESSEN, Frank et al. A conceptual framework for research on subjective cognitive decline in preclinical Alzheimer's disease. Alzheimer's & dementia, v. 10, n. 6, p. 844-852, 2014. LUVIZUTTO, G. J. et al. Can the choice reaction time be modified after COVID-19 diagnosis? A prospective cohort study. Dementia & Neuropsychologia, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-5764-dn-2021-0116 NICE - NATIONAL INSTITUTE FOR HEALTH AND CARE EXCELLENCE. COVID-19 Rapid Guideline: managing the long-term effects of COVID-19. London: 2020. Disponível em https://www.nice.org.uk/guidance/ng165 VERSACE, V. et al. Intracortical GABAergic dysfunction in patients with fatigue and dysexecutive syndrome after COVID-19. Clinical Neurophysiology, v. 132, n. 5, p. 1138- 1143, 2021.pt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectCOVID-19.pt_BR
dc.subjectSARS-CoV-2.pt_BR
dc.subjectCOVID longa.pt_BR
dc.subjectExercício físico.pt_BR
dc.subjectTreino cognitivo.pt_BR
dc.subjectSmartphone.pt_BR
dc.subjectEletroencefalograma.pt_BR
dc.subjectAtividade cerebral.pt_BR
dc.subjectElectroencephalogram.pt_BR
dc.subjectBrain activity.pt_BR
dc.subjectLong COVID.pt_BR
dc.subjectPhysical exercise.pt_BR
dc.subjectCognitive training.pt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALpt_BR
dc.titleAtividade e complexidade no EEG e impacto do efeito do treinamento fisico e cognitivo na COVID longapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERT GISLENE D MORAIS.pdfDISSERT GISLENE D MORAIS2,87 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.