Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1626
Tipo: | Tese |
Título: | Fator de necrose tumoral e seus receptores no estroma de lesões ovarianas não neoplásicas e neoplasias ovarianas benignas e malignas. |
Título(s) alternativo(s): | Stromal immunostaining of tumor necrosis factor alpha and its receptors in ovarian neoplasms |
Autor(es): | SANGUINETE, Marcela Moisés Maluf |
Primeiro Orientador: | NOMELINI, Rosekeila Simões |
metadata.dc.contributor.advisor-co1: | MURTA, Eddie Fernando Cândido |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O câncer de ovário tem alta letalidade entre as neoplasias ginecológicas. Possui, no estroma peritumoral, vários tipos celulares além das células cancerígenas, que coordenam a sobrevivência, o crescimento, a invasão e a progressão do tumor. O microambiente tumoral possui moléculas que podem ser alvos potenciais para novas terapias contra o câncer. Pacientes com câncer de ovário podem apresentar níveis elevados de TNF e Tregs expressando TNFR2, que está associado à capacidade supressora. Há cada vez mais evidências de que a expressão de TNFR2 no microambiente do câncer tem implicações significativas na progressão do câncer, metástase e evasão imune. Vários estudos têm demonstrado que a associação do TNF-alfa e seus receptores com prognóstico no câncer de ovário podem ser alvos de novas estratégias de tratamento. OBJETIVOS: O objetivo do estudo foi avaliar a imunomarcação estromal de TNF-α e seus receptores em neoplasias ovarianas malignas, comparando-a com neoplasias ovarianas benignas e lesões ovarianas não neoplásicas; relacionar a imunomarcação com fatores prognósticos clínicos, laboratoriais e patológicos; relacionar sobrevida livre de progressão e sobrevida global na neoplasia maligna de ovário, de acordo com valores de TNF-α e seus receptores. MATERIAL E MÉTODOS: Pacientes atendidas no Ambulatório de Massa Pélvica foram tratados cirurgicamente de acordo com critérios pré-estabelecidos. Pacientes com neoplasia epitelial ovariana benigna (n=37) ou maligna (n=43) e lesão ovariana não neoplásica (n=15) foram incluídas no estudo. Estudo imuno-histoquímico foi realizado para avaliar TNF-alfa estromal, TNFR1 e TNFR2. A comparação entre os grupos foi realizada pelo teste Qui-Quadrado, com nível de significância inferior a 0,05. Os seguintes dados dos prontuários foram registrados em um banco de dados específico para o estudo: idade, estado hormonal, tipo histológico, grau histológico, estadiamento (FIGO), tipo de carcinogênese (tipo I e tipo II), parâmetros de hemograma e resultados de imunohistoquímica para TNF-alfa, TNFR1 e TNFR2. Para o estudo imuno-histoquímico, foi utilizada a técnica de estreptoavidina-biotina-peroxidase, e o TNF-alfa e seus receptores foram avaliados no estroma peritumoral. Os valores dos marcadores tumorais e parâmetros do hemograma foram comparados pelo teste de Mann-Whitney. Para os parâmetros que foram estatisticamente significativos, a curva receiver operating characteristic (ROC) foi usada para obter a área sob a curva (AUC) e para determinar os melhores valores de corte entre a imunocoloração fraca (0/1) e forte (2/3). Para os dados com significância estatística, foi realizada análise multivariada. O nível de significância foi inferior a 0,05. RESULTADOS: A imunocoloração do TNF-alfa estromal foi mais intensa (2/3) comparando neoplasias ovarianas benignas (p<0,0001) e malignas (p<0,0001) com tumores não neoplásicos. A imunomarcação para TNFR1 foi mais forte (2/3) no estroma de neoplasias malignas em comparação com neoplasias benignas (p<0,0001), e mais forte (2/3) quando comparadas neoplasias benignas com lesões ovarianas não neoplásicas (p=0,0002). Para o TNFR2, a imunocoloração do estroma foi mais forte (2/3) nas neoplasias malignas em comparação com as neoplasias benignas (p=0,0091), e mais forte nas neoplasias malignas em comparação com as lesões não neoplásicas (p=0,0004). Para TNF-alfa, analisando as curvas ROC, houve significância estatística para basófilos (valor de corte > 0) e neutrófilos (valor de corte ≤ 3900) entre imunocoloração forte (2/3) e fraca (0/1). Em relação ao TNFR1, foi encontrado um valor de corte de monócitos > 312/mm3. Em relação ao TNFR2, o valor de corte do CA-125 foi ≤ 95,16U/ml. Ainda em relação ao TNFR2, o valor de corte para o número absoluto de plaquetas foi ≤ 298.000/mm3. Não houve significância estatística com os demais parâmetros do hemograma e marcadores tumorais avaliados. Após estabelecer os valores de corte pelas curvas ROC, foi realizada uma análise multivariada, que mostrou que uma contagem absoluta de monócitos > 312/mm3 está associada a forte imunomarcação estromal (2/3) de TNFR1, e um valor plaquetário ≤ 298.000/ mm3 está associado com forte (2/3) imunocoloração estromal de TNFR2. CONCLUSÃO: Uma imunomarcação mais forte para TNF-alfa e seus receptores foi encontrada em câncer de ovário, sugerindo que eles podem ser alvos de mais estudos para verificar seu papel na carcinogênese e na progressão de neoplasias ovarianas. A contagem absoluta de monócitos > 312/mm3 está associada a forte (2/3) imunocoloração estromal de TNFR1, e a contagem de plaquetas ≤ 298.000/mm3 está associada a forte (2/3) imunocoloração estromal de TNFR2. |
Abstract: | INTRODUCTION: Ovarian epithelial cancer has a high lethality among gynecological malignancies. Ovarian cancer has, in the peritumoral stroma, multiple cell types besides cancer cells, which coordinate tumor survival, growth, invasion and progression. The tumor microenvironment has molecules that can be potential targets for new cancer therapies. Patients with ovarian cancer may have high levels of TNF and Tregs expressing TNFR2, which is associated with suppressive capacity. There is increasingly evidence that TNFR2 expression in cancer microenvironment has significant implications in cancer progression, metastasis and immune evasion. Several studies have shown association of TNF-alpha and its receptors with prognosis in ovarian cancer may be targets for new treatment strategies. OBJECTIVES: The aim of the study was to evaluate the stromal immunostaining of TNF-α and its receptors in malignant ovarian neoplasms, comparing it with benign ovarian neoplasms and non-neoplastic ovarian lesions; to relate immunostaining with clinical, laboratory and pathological prognostic factors; to relate progression-free survival and overall survival in ovarian malignancy, according to TNF-α values and its receptors. MATERIALS AND METHODS: Patients treated at the Pelvic Mass Outpatient Clinic were surgically treated according to pre-established criteria. Patients with benign (n=37) or malignant (n=43) ovarian epithelial neoplasia, and non-neoplastic ovarian lesion (n=15) were included in the study. Immunohistochemical study was performed to evaluate stromal TNF-alpha, TNFR1 and TNFR2. The comparison between the groups was performed by the Chi-Square test, with a significance level lower than 0.05. The following data from the medical records were recorded in a specific database for the study: age, hormonal status, histological type, histological grade, staging (FIGO), type of carcinogenesis (type I and type II), blood count parameters and immunohistochemistry results for TNF-alpha, TNFR1 and TNFR2. For the immunohistochemical study, it was utilized streptoavidin-biotin-peroxidase technique, and TNF-alpha and its receptors was evaluated in peritumoral stroma. The values of tumor markers and blood count parameters were compared by Mann-Whitney test. For parameters that were statistically significant, the receiver operating characteristic (ROC) curve was used to obtain the area under the curve (AUC) and to determine the best cutoff values between the weak (0/1) and strong (2/3) immunostaining groups. For data with statistical significance, multivariate analysis was performed. The level of significance was less than 0.05. RESULTS: TNF-alpha stromal immunostaining was more intense (2/3) comparing benign (p<0.0001) and malignant (p<0.0001) ovarian neoplasms with non-neoplastic tumors. TNFR1 immunostaining was stronger (2/3) in the stroma of malignant neoplasms compared with benign neoplasms (p<0.0001), and stronger (2/3) when comparing benign neoplasms with non-neoplastic ovarian lesions (p=0.0002). For TNFR2, stromal immunostaining was stronger (2/3) in malignant neoplasms compared to benign neoplasms (p=0.0091), and stronger in malignant neoplasms compared to non-neoplastic lesions (p=0.0004). For TNF-alpha, analyzing the ROC curves, there was statistical significance for basophils (cut-off value > 0) and neutrophils (cut-off value ≤ 3900) between strong (2/3) and weak (0/1) immunostaining. In relation to TNFR1, a cut-off value of monocytes > 312/mm3 was found. Regarding TNFR2, the cut-off value of CA-125 was ≤ 95.16U/ml. Still in relation to TNFR2, the cut-off value for the absolute number of platelets was ≤ 298000/mm3. There was no statistical significance with the other parameters of the blood count and tumor markers evaluated. After establishing the cut-off values by the ROC curves, a multivariate analysis was performed, which showed that an absolute monocyte count > 312/mm3 is associated with strong stromal immunostaining (2/3) of TNFR1, and a platelet value ≤ 298,000/mm3 is associated with strong (2/3) stromal immunostaining of TNFR2. CONCLUSION: A stronger immunostaining for TNF-alpha e its receptors was found in ovarian cancer, suggesting that they may be targets of further studies to verify their role in carcinogenesis and the progression of ovarian neoplasms. Absolute monocyte count > 312/mm3 is associated with strong (2/3) stromal immunostaining of TNFR1, and platelet count ≤ 298,000/mm3 is associated with strong (2/3) stromal immunostaining of TNFR2. |
Palavras-chave: | TNF-alfa. TNFR1. TNFR2. Tumores ovarianos. Monócitos. Plaquetas. Parâmetros de hemograma. Marcadores tumorais. Câncer de ovário. TNF-alpha. TNFR1. TNFR2. Ovarian tumors. Monocytes. Platelets. Blood count parameters. Tumor markers. Ovarian cancer. |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::GINECOLOGIA E OBSTETRICIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal do Triângulo Mineiro |
Sigla da Instituição: | UFTM |
metadata.dc.publisher.department: | Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1626 |
Data do documento: | 30-Nov-2022 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Tese Marcela M M Sanguinete Parte 1.pdf | Tese Marcela M M Sanguinete Parte 1 | 1,46 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Tese Marcela M M Sanguinete Parte 2.pdf | Tese Marcela M M Sanguinete Parte 2 | 1,41 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.