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http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1956
Tipo: | Dissertação |
Título: | Trabalho em equipe na unidade de onco-hematologia: facilidades e dificuldades Uberaba |
Autor(es): | CONDELES, Pedro Cesar |
Primeiro Orientador: | GOULART, Bethania Ferreira |
Resumo: | Trabalho em equipe multiprofissional representa uma modalidade de trabalho coletivo que possibilita a superação do trabalho parcelar e das ações isoladas, com vistas à atenção integral ao paciente. No entanto, evidencia-se hegemonia do modelo assistencial/biomédico/tecnicista, dinâmica de trabalho que gera ruídos entre os agentes e reforça a rigidez na divisão de tarefas, o que culmina no distanciamento dos integrantes da equipe de saúde, prejudicando o cuidado ao paciente. Além disso, pacientes oncológicos, devido ao grau de complexidade assistencial, requerem uma assistência abrangente, na qual os agentes do processo de trabalho estejam imbuídos em metas comuns, ou seja, há necessidade da atuação ampliada de todos os membros da equipe. Diante disso, esta pesquisa teve como objetivo analisar, junto à equipe multiprofissional, aspectos do trabalho em equipe na unidade de Onco-hematologia. É um estudo descritivo, utilizando dados qualitativos e quantitativos, realizado em um hospital público, de ensino, de nível terciário, referência para atendimento de alta densidade tecnológica. A população constituiu-se de profissionais da equipe multiprofissional que atuavam na referida unidade há, no mínimo, seis meses, sendo excluídos aqueles que se encontravam afastados do trabalho à época da coleta de dados e os não localizados, após três tentativas para agendamento da entrevista. Utilizou-se a Técnica do Incidente Crítico, e os dados primários foram coletados por meio de entrevista semiestruturada. A análise dos dados fundamentou-se em Análise de Conteúdo, modalidade Temática. Participaram do estudo 19profissionais, sendo sete enfermeiros, seis técnicos em enfermagem, dois médicos, uma nutricionista, uma psicóloga, uma fisioterapeuta e uma farmacêutica, o que corresponde, aproximadamente, a 60% do total da equipe multiprofissional. Das entrevistas, emergiram 31 situações que se revelaram como incidentes críticos, envolvendo 85 comportamentos e 75 consequências. As referências positivas indicaram aspectos que facilitam o trabalho em equipe, e as negativas, aqueles que dificultam, na perspectiva dos participantes do estudo. Foram considerados facilitadores para o trabalho em equipe: comunicação adequada, comportamento cooperativo e empenho na assistência ao paciente. Situações de baixa colaboração, desvio de atribuições, falhas de comunicação na transição de cuidados e comportamentos conflituosos foram indicados como dificultadores para o trabalho em equipe. Conclui-se que as situações de baixa colaboração, comunicação inadequada e os comportamentos conflitantes conduziram a consequências negativas, principalmente, para o paciente. Além disso, o predomínio de comportamentos positivos/favoráveis ao trabalho em equipe não representou, necessariamente, potência para alcançar a finalidade do processo de trabalho. Evidencia-se que a dinâmica do trabalho em equipe no cenário, em foco, ainda segue os moldes clássicos de atenção à saúde e de organização do trabalho. A gestão qualificada, no que tange aos aspectos relacionais do trabalho em equipe, é uma potencialidade a ser explorada no contexto em questão. |
Abstract: | Multiprofessional teamwork represents a modality of collective work that makes it possible to
overcome piecemeal work and isolated actions, with a view to comprehensive patient care.
However, the hegemony of the care/biomedical/technical model is evident, the work
dynamics generate noise among the agents and reinforce the rigidity in the division of tasks,
which culminates in the distancing of the members of the health team, jeopardizing patient
care. In addition, cancer patients, due to the degree of care complexity, require comprehensive
care, in which the agents of the work process are imbued with common goals, that is, there is
a need for expanded action by all team members. This research aimed to analyze, together
with the multidisciplinary team, aspects of teamwork in the Onco-hematology unit. It is a
descriptive study, using qualitative and quantitative data, carried out in a public, teaching,
tertiary-level Hospital, a reference for high-tech care. The population consisted of
professionals from the multidisciplinary team who had been working in that unit for at least
six months, excluding those who were away from work at the time of data collection and
those who could not be located after three attempts to schedule the interview. The Critical
Incident Technique was used, and primary data were collected through semi-structured
interviews. Data analysis was based on content analysis in the thematic modality. Nineteen
professionals participated in the study, including seven nurses, six nursing technicians, two
doctors, a nutritionist, a psychologist, a physiotherapist, and a pharmacist, which corresponds
to approximately 60% of the total multidisciplinary team. From the interviews, 31 situations
emerged that turned out to be CI, involving 85 behaviors and 75 consequences. The positive
references indicate aspects that facilitate teamwork and the negative ones, those that make it
difficult. Facilitators for teamwork were considered: adequate communication, cooperative
behavior, and commitment to patient care. Situations of low collaboration, attribution
deviation, communication failures in the transition of care, and conflicting behaviors, are
indicated as difficulties for teamwork. It is concluded that behaving in a conflicting manner
and difficult situations in the interprofessional relationship, led to negative consequences
mainly for the patient. of the work process, and it is suggested that the team dynamics in the
scenario in question still follows the classic forms of health care and work organization. El trabajo en equipo multiprofesional representa una modalidad de trabajo colectivo que permite superar el trabajo fragmentado y las acciones aisladas, con miras a brindar una atención integral al paciente. Sin embargo, es evidente la hegemonía del modelo asistencial/biomédico/técnico, una dinámica de trabajo que genera ruido entre los agentes y refuerza la rigidez en la división de tareas, que culmina en el distanciamiento de los miembros del equipo de salud, poniendo en riesgo la atención al paciente. Además, los pacientes oncológicos, por el grado de complejidad asistencial, requieren una atención integral, en la que los agentes del proceso de trabajo estén imbuidos de objetivos comunes, es decir, es necesaria una acción ampliada por parte de todos los miembros del equipo. Por lo tanto, esta investigación tuvo como objetivo analizar, junto con el equipo multidisciplinario, aspectos del trabajo en equipo en la unidad de Oncohematología. Se trata de un estudio descriptivo, utilizando datos cualitativos y cuantitativos, realizado en un hospital público, docente, de nivel terciario, referencia en atención de alta tecnología. La población estuvo conformada por profesionales del equipo multidisciplinario que trabajaron en esa unidad durante al menos seis meses, excluyendo aquellos que se encontraban ausentes del trabajo al momento de la recolección de datos y aquellos que no pudieron ser localizados después de tres intentos de agendar la entrevista. Se utilizó la Técnica del Incidente Crítico y los datos primarios se recolectaron mediante entrevistas semiestructuradas. El análisis de los datos se basó en el Análisis de Contenido, modalidad Temática. Participaron del estudio 19 profesionales, entre ellos siete enfermeros, seis técnicos de enfermería, dos médicos, un nutricionista, un psicólogo, un fisioterapeuta y un farmacéutico, lo que corresponde a aproximadamente el 60% del total del equipo multidisciplinario. De las entrevistas surgieron 31 situaciones que resultaron ser incidentes críticos, involucrando 85 conductas y 75 consecuencias. Las referencias positivas señalaron aspectos que facilitan el trabajo en equipo, y las negativas, aquellos que lo dificultan, desde la perspectiva de los participantes del estudio. Se consideraron facilitadores del trabajo en equipo: comunicación adecuada, comportamiento cooperativo y compromiso con el cuidado del paciente. Se señalaron como dificultades para el trabajo en equipo situaciones de baja colaboración, desviación de atribuciones, fallas de comunicación en la transición del cuidado y conductas conflictivas. Se concluye que situaciones de baja colaboración, comunicación inadecuada y conductas conflictivas llevaron a consecuencias negativas, principalmente para el paciente. Además, el predominio de conductas positivas/favorables hacia el trabajo en equipo no necesariamente representó poder para lograr el propósito del proceso de trabajo. Es evidente que la dinámica de trabajo en equipo en el escenario que nos ocupa sigue todavía los moldes clásicos de la asistencia sanitaria y la organización del trabajo. La gestión cualificada, en los aspectos relacionales del trabajo en equipo, es una potencialidad a explorar en el contexto en cuestión. |
Palavras-chave: | Assistência ao paciente. Comportamento cooperativo. Equipe de assistência ao paciente. Relações interprofissionais. Serviço hospitalar de oncologia. Patient care. Cooperative behavior. Patient care team. Interprofessional relations. Oncology service. Hospital. Atención al paciente. Comportamiento cooperativo. Equipo de atención al paciente. Relaciones interprofesionales. Servicio hospitalario de oncología. |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal do Triângulo Mineiro |
Sigla da Instituição: | UFTM |
metadata.dc.publisher.department: | Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1956 |
Data do documento: | 15-Jun-2023 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
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