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http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/845
Tipo: | Dissertação |
Título: | Efeito do pré- e pós-condicionamento isquêmico no desempenho e recuperação de ciclistas |
Título(s) alternativo(s): | O efeito do tempo e número de ciclos do pré-condicionamento isquêmico sob o desempenho e variáveis fisiológicas de ciclistas. Isquemia pós-exercício aguda atenua a queda de desempenho em teste de ciclismo |
Autor(es): | OLIVEIRA, Rhaí André Arriel e |
Primeiro Orientador: | MAROCOLO JUNIOR, Moacir |
Resumo: | Apesar das evidências positivas do uso do pré-condicionamento isquêmico (do termo em inglês ischemic preconditioning (IPC) na melhora do desempenho do exercício físico, ainda muitos estudos apresentam resultados inconsistentes, e um dos motivos pode ser o desconhecimento de um protocolo adequado para o potencial efeito da manobra. O método de isquemia/reperfusão (IR) eleva o fluxo sanguíneo após a aplicação, inibi a geração de espécies reativas de oxigênio e reduz as concentrações de creatina quinase e lactato desidrogenase. Assim, foram realizados dois estudos: o primeiro com o objetivo de avaliar diferentes tempos de IR do IPC sob o desempenho de ciclistas treinados; e o segundo estudo objetivou avaliar o efeito da isquemia pós-exercício (IPE) no processo de recuperação do desempenho em ciclistas treinados. No primeiro estudo, 35 ciclistas (27,7 ± 4,2 anos) compareceram três vezes ao laboratório em dias diferentes com intervalos de 72 horas e 48 horas respectivamente, e separados dentro de cinco grupos (Dois IPC (2 ciclos x 5-min oclusão/ 5-min reperfusão ou 5 ciclos x 2-min oclusão/ 2-min reperfusão), dois placebos (PLA) (2 ciclos x 5-min oclusão simulada/ 5-min reperfusão e 5 ciclos x 2-min oclusão simulada/ 2-min reperfusão) e um grupo controle). A manobra de IPC foi aplicada na última visita antes do teste incremental no cicloergômetro. Já no segundo estudo, 28 ciclistas treinados (27,1 ± 1,4 anos) participaram do experimento sob quatro dias diferentes e separados dentro de quatro grupos (dois grupos IPE (2 ciclos x 5-min oclusão/ 5-min reperfusão ou 5 ciclos x 2-min oclusão/ 2-min reperfusão) e dois placebos (PLA) (2 ciclos x 5-min oclusão simulada/ 5-min reperfusão e 5 ciclos x 2-min oclusão simulada/ 2-min reperfusão). Neste, a aplicação da IR aconteceu logo após o teste incremental. No primeiro estudo apenas o grupo IPC 2 ciclos x 5-min oclusão/ 5-min reperfusão melhorou o desempenho no teste incremental e apresentou alterações no comportamento da frequência cardíaca. Já no segundo estudo a aplicação da IPE foi efetiva na recuperação do desempenho 24 horas após um teste de ciclismo até a exaustão. Concluímos que tanto o IPC quanto a IPE promoverem efeitos sob o desempenho no teste incremental e recuperação do desempenho respectivamente. Porém, um limiar de tempo de IR do IPC deve ser considerado. |
Abstract: | Despite the positive evidences of the ischemic preconditioning (IPC) in improving the exercise performance, many studies still showed inconsistent results, due to the lack of knowledge about an adequate protocol for the potential maneuver effect. The ischemia/reperfusion (IR) method increases the blood flow after application, it inhibits the reactive oxygen species (ROS) generation and decrease creatine kinase (CK) and lactate dehydrogenase concentrations, which may assist in the post-exercise performance recovery process. Thus, two studies were carried out: the first aimed to evaluate different IR of IPC time on trained cyclists performance; The second study aimed to evaluate the acute effect of ischemia post-exercise (IPE) on performance recovery process in trained cyclists. The first study was carried out with thirty-five cyclists (27.7 ± 4.2 years old). They visited the laboratory three times on different days with intervals of 72 hours and 48 hours respectively, and they were separated into five similar groups (two IPC (2 cycles x 5-min occlusion/5-min reperfusion and 5 cycles x 2-min occlusion/2-min reperfusion), two SHAM (2 cycles x simulated occlusion/5-min reperfusion and 5 cycles x 2-min simulated occlusion/2-min reperfusion) and one control group). The IPC maneuver was applied before the incremental test using the cycle ergometer. In the second study, twenty-eight trained cyclists (27.1 ± 1.4 years old) participated in the experiment under four different days and they were separated into four similar groups (two IPE groups (2 cycles x 5-min occlusion/5-min reperfusion and 5 cycles x 2-min occlusion/ 2-min reperfusion), two SHAM (2 cycles x simulated occlusion/ 5-min reperfusion and 5 cycles x 2-min simulated occlusion/ 2-min reperfusion). In this study the IR application was carried out after the incremental test. In the first study only the IPC group that performed 2 cycles x 5-min occlusion/ 5-min reperfusion improved its incremental test performance and presented changes in heart rate behavior. In the second study, the IPE application was efficient in maintaining performance 24 hours after a cycling exercise until exhaustion. Thus, we conclude that both IPC and IPE were able to promote effects on incremental test performance and performance recovery respectively. However, an IPC time threshold should be considered. O pré-condicionamento isquêmico (do termo em inglês ischemic preconditioning (IPC) é caracterizado por breves momentos de oclusão vascular seguido por reperfusão. A aplicação da manobra tem mostrado aumento do desempenho em esportes e exercícios físicos, mas o tempo de isquemia/reperfusão ainda é desconhecido, podendo ser uma das causas de resultados inconsistentes. Assim, o objetivo deste estudo foi testar um protocolo curto e analisar se é o número ou o tempo desses ciclos de IPC que induzem a melhora do desempenho de ciclistas. Trinta e cinco (27,7 ± 4,2 anos) ciclistas treinados participaram deste estudo randomizado e simples cego (apenas os pesquisadores). Os participantes compareceram três vezes ao laboratório em dias diferentes com intervalo de 72 horas e 48 horas respectivamente, e separados dentro de cinco grupos similares (Dois IPC, dois placebos (PLA) e um grupo controle). A manobra de IPC foi aplicada unilateralmente e consistiu de: 2 ciclos de 5 minutos de oclusão/5-min reperfusão (Grupo IPC 2x5) e 5 ciclos de 2 minutos oclusão/2-min reperfusão (Grupo IPC 5x2). A pressão do manguito para a oclusão foi de 50 mmHg 15 acima da pressão arterial sistólica em ambos os protocolos de IPC. O protocolo PLA foi similar ao IPC (Grupo PLA 2x5 e grupo PLA 5x2) mas, a pressão de oclusão foi de apenas 20 mmHg. Os voluntários do grupo controle gastaram o mesmo tempo em repouso para imitarem os outros grupos. A manobra de IPC foi aplicada antes do teste incremental. Apenas o grupo IPC 2x5 melhorou o desempenho (33,3 segundos), diminuiu a média da frequência cardíaca durante o teste incremental e apresentou uma recuperação da frequência cardíaca mais rápida comparado ao basal. Nenhuma diferença entre os grupos foi encontrada nas variáveis. Conclui-se que o IPC foi capaz de melhorar o desempenho de ciclistas treinados, mas apenas o protocolo de IPC 2x5 foi efetivo. Breves momentos de oclusão do fluxo sanguíneo seguido por reperfusão resulta em um aumento do fluxo sanguíneo, inibição da geração de espécies reativas de oxigênio e redução das concentrações de creatina quinase e lactato desidrogenase. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da isquemia pós-exercício (IPE) sobre a recuperação e as variáveis fisiológicas de ciclistas treinados. Em um modelo randomizado simples-cego, sob quatro dias diferentes, 28 ciclistas treinados (27,1 ± 1,4 anos) foram divididos dentro de 4 grupos submetendo-se a 2 ciclos de 5 minutos de oclusão/5-min reperfusão (IPE ou PLA 2x5) ou 5 ciclos de 2 minutos de oclusão/2-min reperfusão (IPE ou PLA 5x2), unilateralmente alternado na região proximal da coxa para ambas intervenções de IPE (pressão 50 mmHg acima da pressão arterial sistólica; promoveu a oclusão do fluxo sanguíneo) ou placebo (PLA) (pressão de 20 mmHg; não promoveu a oclusão do fluxo sanguíneo). Os ciclistas foram informados que ambas as manobras PLA e IPE acelerariam o processo de recuperação após o exercício. As aplicações das manobras (IPE ou PLA) foram realizadas cinco minutos após um teste incremental até a exaustão voluntária. Após 24 horas, os grupos PLA diminuíram o desempenho comparado ao teste basal (PLA 2x5 p < 0,05; PLA 5x2 p < 0,05). Já os grupos IPE mantiveram o seu desempenho (IPE 2x5 p > 0,05; IPE 5x2 p > 0,05). Em conclusão, a IPE promoveu uma recuperação mais rápida do desempenho 24 horas pós-exercício em ciclistas treinados. |
Palavras-chave: | Exercício físico. Ciclismo. Isquemia. Hiperemia. Frequência cardíaca. Physical exercise. Cycling. Ischemia. Hyperemia. Heart rate. Isquemia/reperfusão. Exercício, Teste incremental. Restrição do fluxo sanguíneo. |
CNPq: | Educação Física |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal do Triângulo Mineiro |
Sigla da Instituição: | UFTM |
metadata.dc.publisher.department: | Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Educação Física |
Citação: | OLIVEIRA, Rhaí André Arriel e. Efeito do pré- e pós-condicionamento isquêmico no desempenho e recuperação de ciclistas. 2018. 79f . Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2018 . |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
metadata.dc.rights.uri: | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ |
URI: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/845 |
Data do documento: | 19-Fev-2018 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Educação Física |
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