Biblioteca Digital de Teses e Dissertações PÓS-GRADUAÇÃO SCTRICTO SENSU Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/904
Tipo: Tese
Título: Avaliação da espiritualidade e religiosidade em pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 1
Título(s) alternativo(s): Evaluation of spirituality and religiosity in adult patients with type 1 diabetes mellitus
Evaluación de la espiritualidad y religiosidad em pacientes adultos con diabetes mellitus tipo 1
Autor(es): FONSECA, Elvi Cristina Rojas
Primeiro Orientador: BORGES, Maria de Fátima
Resumo: INTRODUÇÃO: A religiosidade/espiritualidade (R/E) desempenha importante papel para pacientes com vários tipos de doenças crônicas. Relaciona-se com a melhora da qualidade de vida (QV) e do enfrentamento da doença, pois auxilia na adesão ao tratamento, diminuição da mortalidade e morbidade. Há uma lacuna nos estudos, no que se refere a diabetes do tipo 1 (DM1). Devido ao impacto da doença, dificuldades na condução do tratamento e manejo dos autocuidados, a utilização de práticas religiosas e crenças, e o monitoramento da ansiedade, depressão e estresse, poderiam auxiliar no manejo diário da doença. O DM1 necessita da participação ativa do paciente, o que a torna diferente das doenças em geral, em que na maioria das vezes, a mudança de estilo de vida é uma questão que colabora no tratamento, mas nesse caso, a mudança de estilo de vida é parte do tratamento. A forma de enfrentamento da doença pode ajudar no melhor controle e diminuição das complicações. OBJETIVO: Avaliar o perfil e a relevância dos índices religiosidade, coping religioso espiritual e níveis de depressão, ansiedade e estresse, em pacientes adultos com DM1, e implicações dessas variáveis de controle metabólico. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal, descritivo realizado em ambulatório de atendimento a pacientes diabéticos, em serviço terciário. No período de junho a dezembro de 2017, 56 pacientes com DM1 que preenchiam os critérios de inclusão e exclusão, concordaram e participaram da pesquisa; preencheram os questionários referentes aos dados demográficos, dados clínicos, classificação socioeconômica, e dados que avaliaram índices de religiosidade, escala de Duke (DUREL), coping religioso-espiritual (CRE) (escala CRE-breve), e escala de ansiedade, depressão e estresse (DASS-21). A análise dos dados foi realizada com o auxílio do software SPSS, versão 23.0. RESULTADOS: A amostra foi constituída por 56 pacientes com DM1, com idade mediana de 38,5 anos (mínimo: 24; máximo: 67 anos) e a maioria do sexo feminino (73,20%). No que se refere a crença religiosa, 96,4% se designaram cristãos, e a principal afiliação religiosa foi católica (64,3%); seguida pela espírita (16,1%) e evangélica (16,1%), na mesma proporção. Na avaliação da R/E foi encontrado baixo/médio índice de religiosidade organizacional (RO) (3,9 ± 1,5), elevados índices de religiosidade não organizacional (RNO) (4,5 ± 1,5) e religiosidade intrínseca (RI) (13,2 ± 2,2). A análise de uso do CRE positivo (CREP) demonstrou escore baixo /médio (3,3 ± 0,7), enquanto que para o CRE negativo (CREN) o uso foi baixo (2,0 ± 0,7), e o uso do CRE total foi considerado alto (3,7 ± 0,4). A relação CREN/CREP foi de 0,7 ± 0,2, demonstrando predomínio de CREP em relação ao CREN. As médias dos escores de sintomas de ansiedade, depressão e estresse foram respectivamente de 7,9 ± 6,4 (ansiedade); 8,4 ± 6,7 (depressão); 11,7 ± 6,4 (estresse), sendo considerados os escores de sintomas de ansiedade e depressão de grau normal a leve, de sintomas de estresse foi classificado como moderado. Sintomas graves de ansiedade foram encontrados em 26,8%, depressão em 32,1%, e estresse em 64,3%. A média de triglicérides (TGL) foi significativa menor no grupo com alto índice de RO quando comparado ao baixo índice de RO. No grupo de alto uso do CREN e glicemia pós-prandial (GPP) foi significativa positiva. Ao comparar com os graus de severidade de ansiedade, teve comparação significativa positiva com glicemia de jejum (GJ), e borderline com hemoglobina glicada (HbA1c) e colesterol total (COLT); os graus de severidade de sintomas de depressão, teve comparação significativa positiva com os níveis de HbA1c. Correlacionando com os dados demográficos, encontramos na variável anos de estudo correlação negativa com sintomas de depressão, ansiedade e estresse; e positiva com CRET; a variável renda salarial apresentou correlação negativa com sintomas de ansiedade e depressão. Na avaliação das médias das variáveis com os índices de religiosidade, uso de coping e severidade nos participantes, foi encontrada correlação positiva dos sintomas de ansiedade com GJ, GPP, HbA1c e frutosamina. As religiosidades organizacionais, não organizacionais e intrínseca, apresentaram correlação positiva com o CREP e CRET. Somente a religiosidade intrínseca, apresentou correlação negativa com sintomas de ansiedade e depressão. CONCLUSÃO: As religiosidades não-organizacional e intrínseca tiveram índice alto de uso. A avaliação da dimensão positiva predominou na avaliação dos coping religioso-espiritual, foi usado de forma positiva pelos pacientes, e está ligado a menos sintomas de ansiedade e depressão. A R/E pode ajudar no controle do paciente diabético, em relação a algumas variáveis do controle glicêmico. O fato da diversidade de achados, faz-se pensar que a religiosidade, o coping e os níveis de ansiedade, depressão e estresse teriam importância maior quando avaliados juntos.
Abstract: INTRODUCTION: Religiousness / spirituality (R / E) plays an important role for patients with various types of chronic diseases, related to the improvement of quality of life (QL) and coping with the disease, as it assists in adherence to treatment, and morbidity. There is a gap in studies regarding type 1 diabetes (DM1). Due to the impact of the disease, difficulties in the conduction of the treatment and management of self-care, the use of religious practices and beliefs, and the monitoring of anxiety, depression and stress, could help in the daily management of the disease. DM1 requires the active participation of the patient, which makes it different from the diseases in general, in which, in most cases, the change of lifestyle is a question that collaborates in the treatment, but in this case, the change of lifestyle is part of the treatment. The form of coping with the disease can help in better control and decrease of complications. OBJECTIVE: To evaluate the profile and relevance of religious, spiritual religious coping and depression, anxiety and stress levels in adult patients with DM1, and the implications of these variables for metabolic control. MATERIAL AND METHODS: This is a cross-sectional, descriptive study conducted in outpatient care for diabetic patients in a tertiary service. From June to December 2017, 56 patients with DM1 who fulfilled the inclusion and exclusion criteria, agreed and participated in the study; Filled out the questionnaires referring to demographic data, clinical data, socioeconomic classification, and data that evaluated religiosity indices, Duke scale (DUREL), religious-spiritual Coping (CRE) (CRE-breve scale), and scale of Anxiety, depression and stress (DASS-21). Data analysis was using SPSS software, version 23.0. RESULTS: The sample consisted of 56 patients with DM1, with a median age of 38.5 years (minimum: 24, maximum: 67 years), female 73.20%, with regard to religious belief, 96.4% considered Christians, and the main religious affiliation was Catholic 64.3%; followed by spiritist 16.1% and evangelical 16.1%, in the same proportion. In the R / E evaluation, a low / medium organizational religiosity index (3.9 ± 1.5), high non-organizational religiosity (4.5 ± 1.5) and intrinsic religiosity (13.2 ± 2, 2). The analysis of the positive SRCOPE (PSRCOPE) found showed a low / medium score (3.3 ± 0.7), whereas for the negative SRCOPE (NSRCOPE) it was low (2.0 ± 0.7), and the use of the total SRCOPE was considered high (3.7 ± 0.4), the NSRCOPE/ PSRCOPE ratio was 0.7 ± 0.2, demonstrating a predominance of PSRCOPE in relation to NSRCOPE. The mean scores for anxiety, depression and stress were 7.9 ± 6.4 (anxiety), respectively; 8.4 ± 6.7 (depression); 11.7 ± 6.4 (stress). All anxiety and depression scores were normal to mild, and the stress score classified as moderate. Serious symptoms of anxiety were in 26.8%, depression 32.1% and stress 64.3%. The mean Triglyceride (TGL) was significantly lower in the group with high RO index when compared to the low RO index. In the group with high use of CREN and postprandial Glycemia (GPP) was significant positive. When comparing with severity degrees of anxiety, there was a significant positive comparison with fasting glycemia (GJ), and borderline with glycated hemoglobin (HbA1c) and total cholesterol (COLT); Severity degrees of symptoms of depression, had a significant positive comparison with HbA1c levels. Correlating with demographic data, we found in the variable years of study negative correlation with symptoms of depression, anxiety and stress; and positive with CRET; the variable wage income showed a negative correlation with symptoms of anxiety and depression. In the evaluation of the means of the variables with the indexes of religiosity, coping use and severity in the participants, correlation of anxiety symptoms with GJ, GPP, HbA1c and frutosamine founded. The organizational, non-organizational and intrinsic religiosities presented a correlation with PSRCOPE and total SRCOPE. Only intrinsic religiosity showed a significant correlation with anxiety and depression. CONCLUSION: Non-organizational and intrinsic religiosity had a high index. The evaluation of the positive dimension predominated in the evaluation of religious-spiritual coping, was used positively by patients, and is linked to a lower level of anxiety and depression. R / E may help control diabetic patients in relation to some glycemic control variables. The fact of the diversity of findings makes one think that religiosity, coping and levels of anxiety, depression and stress would be of greater importance when evaluated together.
INTRODUCION: La religiosidad / espiritualidad (R / E) desempeña un importante papel para pacientes con varios tipos de enfermedades crónicas, relacionando con la mejora de la calidad de vida (QV) y del enfrentamiento de la enfermedad, pues auxilia en la adhesión al tratamiento, disminución de la mortalidad y morbilidad. Hay una brecha en los estudios con respecto a la diabetes tipo 1 (DM1). Debido al impacto de la enfermedad, las dificultades en la conducción del tratamiento y manejo del autocuidado, el uso de prácticas y creencias religiosas, y el seguimiento de la ansiedad, la depresión y el estrés, podrían ayudar en el manejo diario de la enfermedad. DM1 requiere la participación activa del paciente, lo que lo hace diferente de las enfermedades en general, en las que, en la mayoría de los casos, el cambio de estilo de vida es una cuestión que colabora en el tratamiento, pero en este caso, el cambio de estilo de vida forma parte del tratamiento. La forma de hacer frente a la enfermedad puede ayudar a controlar mejor y disminuir las complicaciones. OBJETIVO: Evaluar el perfil y la relevancia de los índices religiosidad, coping religioso espiritual y niveles de depresión, ansiedad y estrés, en pacientes adultos con DM1, e implicaciones de esas variables de control metabólico. CASUISTICA E MÉTODOS: Este es un estudio transversal y descriptivo realizado en atención ambulatoria para pacientes diabéticos en un servicio terciario. De junio a diciembre de 2017, 56 pacientes con DM1 que cumplieron con los criterios de inclusión y exclusión, acordaron y participaron en el estudio; Llenó los cuestionarios referentes a datos demográficos, datos clínicos, clasificación socioeconómica y datos que evaluaron índices de religiosidad, escala Duke (DUREL), coping religioso-espiritual (CRE) (escala CRE-breve) y escala de Ansiedad, depresión y estrés (DASS-21). El análisis de datos se realizó con la ayuda del software SPSS, versión 23.0. RESULTADOS: La muestra consistió en 56 pacientes con DM1, con una mediana de edad de 38,5 años (mínimo: 24; Máximo: 67 años) y la mayoría de las mujeres (73,20%). Con respecto a las creencias religiosas, el 96,4% fueron designados cristianos, y la principal afiliación religiosa fue católica (64,3%); seguida de espiritista (16,1%) evangélica (16,1%), en la misma proporción. En la evaluación del R/E se encontró un índice de religiosidad organizacional baja/media (RO) (3,9 x 1,5), altas tasas de religiosidad no organizacional (RNO) (4,5 x 1,5) y religiosidad intrínseca (IR) (13,2 a 2,2). El análisis del uso de SRC positivo (CREP) mostró una puntuación baja/media (3,3 a 0,7), mientras que para el SRC negativo (CREN) el uso fue bajo (2,0 a 0,7), y el uso del CLP total se consideró alto (3,7 a 0,4). La relación CREN/CREP fue de 0,7 a 0,2, lo que demuestra un predominio de CREP en relación con el CREN. Las puntuaciones medias de los síntomas de ansiedad, depresión y estrés fueron de 7,9 a 6,4 (ansiedad), respectivamente; 8,4 x 6,7 (depresión); 11,7 x 6,4 (estrés), siendo consideradas las puntuaciones de síntomas de ansiedad y depresión de grado normal a leve, de síntomas de estrés se clasificó como moderado. Los síntomas graves de ansiedad se encontraron en 26,8%, depresión en 32,1% y estrés en 64,3%. La media de triglicéridos (TGL) fue más baja en el grupo con una puntuación RO alta en comparación con la RO baja. En el grupo de alto uso de CREN y en la glucemia posprandial (GPP), fue significativamente positivo. Cuando se comparó con los niveles de gravedad de la ansiedad, hubo una comparación positiva significativa con la glucemia en ayunas (GJ), y el límite con la hemoglobina glucosilada (HbA1c) y el colesterol total (COLT); Los grados de severidad de los síntomas de depresión tuvieron una comparación positiva significativa con los niveles de HbA1c. En relación con los datos demográficos, encontramos en los años variables de estudio una correlación negativa con los síntomas de depresión, ansiedad y estrés; y positivo con CRET; La variable ingreso salarial presentó una correlación negativa con los síntomas de ansiedad y depresión. En la evaluación de las medias de las variables con los índices de religiosidad, uso de coping y severidad en los participantes, se encontró correlación de los síntomas de ansiedad con GJ, GPP, HbA1c y frutosamina. Las religiosidades organizacionales, no organizacionales e intrínsecas, presentaron correlación con el CREP y CRET. Sólo la religiosidad intrínseca, presentó correlación significante con ansiedad y depresión. CONCLUSIÓN: Las religiosidades no-organizacionales e intrínsecas tuvieron índice alto. La evaluación de la dimensión positiva predominó en la evaluación de los coping religioso-espiritual, fue utilizado de forma positiva por los pacientes, y está ligado a menor cuadro de ansiedad y depresión. La R / E puede ayudar en el control del paciente diabético, en relación a algunas variables del control glucémico. El hecho de la diversidad de hallazgos, se hace pensar que la religiosidad, el coping y los niveles de ansiedad, depresión y estrés tendrían mayor importancia cuando evaluados juntos.
Palavras-chave: Espiritualidade.
Diabetes mellitus.
Hemoglobina A glicada.
Coping.
Depressão.
Ansiedade.
Estresse psicológico.
Spirituality.
Diabetes mellitus.
Glycated hemoglobin A.
Coping.
Depression.
Anxiety.
Stress psychological.
Spirituality.
Diabetes mellitus.
Glycated Hemoglobin A.
Coping.
Depression.
Anxiety.
Stress psychological.
CNPq: Ciências da Saúde
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Sigla da Instituição: UFTM
metadata.dc.publisher.department: Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Citação: FONSECA, Elvi Cristina Rojas. Avaliação da espiritualidade e religiosidade em pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 1. 2019. 184f . Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2019 .
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/904
Data do documento: 7-Jun-2019
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissert Elvi C R Fonseca.pdfDissert Elvi C R Fonseca2,22 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons